HISTÓRIA: Salão Brasiliense de Cutelaria
O 1º Salão de Cutelaria de Brasília foi realizado de 19 a 21 de julho de 2002, no Salão Azul do Hotel Nacional. O evento foi organizado pela Thot Eventos, de Osvaldo Condé, em parceria com o cuteleiro Milton Hoffmann e contou com o patrocínio do próprio Hotel Nacional.
Esse foi o primeiro evento de cutelaria realizado na capital e,
além da participação de diversos cuteleiros expositores,
ofereceu atividades interativas, como: Palestras sobre colecionismo de facas e tratamentos térmicos de aços; Demonstrações de forjamento; Práticas de Iai Dô e Esgrima Ocidental; Curso de autodefesa com facas.
O evento contou com a presença de diversos nomes importantes da cutelaria e áreas relacionadas, entre eles:
– Mauro Machado, da Taymo Cutelaria;
– Mauro Paz, representando a JLP Facas;
– Leandro Pazini, de Foz do Iguaçu – PR;
– A família Zakharov;
– Carlos Eduardo Roque da Silva (Cadu), locutor da
Rádio Transamérica de Brasília, colecionador e palestrante;
– A equipe do Aizen Center;
– Ricardo e Roberto Lala, da Cutelaria Korth;
– A Casa do Aço, de Goiânia;
– O cuteleiro Rodrigo Sfreddo, de Porto Alegre;
– Jacinto Melo, de Minas Gerais;
– Evandro Oliveira, professor de Esgrima Ocidental;
– Flávio Ikoma, de Presidente Prudente – SP;
– O sensei Ricardo Nakayama;
– Sérgio Alagemovits, da Movits Gallery Antiguidades;
– Ivan Campos, organizador do São Paulo Knife Show;
– Luciano Dorneles, de Porto Alegre;
– E Ricardo Vilar, de São Paulo.
Rodrigo Sfreddo, Rick Lala, Ricardo Vilar, Ivan Campos, Flávio Ikoma e Roberto Lala.
Carlos Eduardo Roque da Silva – locutor de rádio, colecionador e palestrante.
Edson Vieira, de Sorocaba.
Gláucia Zakharov.
As edições seguintes do evento também foram realizadas no Hotel Nacional, até a 4ª e última, encerrando um ciclo naquele espaço. Na última edição, o Salão de Cutelaria de Brasília dividiu o local com o concurso de Miss Brasil, que acontecia na mesma data, criando um contraste curioso entre os dois eventos. Pouco tempo depois, em junho do mesmo ano, foi inaugurado o Curso de Cutelaria Artesanal da Universidade de Brasília (UnB), marcando mais um momento histórico para o desenvolvimento da cutelaria na capital.
Em maio de 2006 foi realizada a 5ª edição do Salão de Cutelaria de Brasília, só que dessa vez, em função da criação do Curso de Extensão Universitária “Cutelaria Artesanal”, o evento foi realizado na Universidade de Brasília – UnB e promovido pela Thot Eventos e Milton Hoffmann em parceria com o Instituto de Artes/ Departamento de Artes Visuais e a Escola de Extensão, entre os dias 6 e 7 de maio de 2006, no Centro de Excelência em Turismo, situado no Campus da UnB.
A inclusão da arte cuteleira em uma universidade federal do porte da UnB foi um grande marco. A riqueza de conteúdo e os detalhes do histórico da cutelaria, quando abordados de forma interdisciplinar, permitiram compreendê-la com maior profundidade, conectando conhecimentos de diferentes áreas — desde a Antropologia, a História e a Ciência dos Materiais — e relacionando-a intimamente à evolução da espécie humana.
O ambiente acadêmico foi fundamental para abordar a cutelaria sob uma perspectiva mais ampla, dando início ao processo de desconstrução de estereótipos e preconceitos historicamente associados a ela, e destacando sua relevância cultural e histórica.
A confecção de lâminas e ferramentas foi uma das primeiras manifestações da habilidade humana em trabalhar os materiais, representando um marco importante na evolução tecnológica da humanidade. A criação desses objetos possibilitou avanços significativos em áreas como a caça, a agricultura e a defesa, demonstrando a capacidade humana de adaptar-se ao ambiente e superar desafios.
A cutelaria pode ser estudada como um fator que impulsionou o desenvolvimento do intelecto humano, refletindo a relação entre o homem e seu meio. A escolha dos materiais, o formato das lâminas e as técnicas de fabricação — influenciadas por fatores culturais.
A partir de 2007, os eventos passaram a ser organizados por Milton Hoffmann sob o formato de Mostras de Cutelaria, tendo como novo palco o Shopping CasaPark — um espaço voltado ao entretenimento, à arquitetura, ao design e à cultura.
Gustavo Engel, Nagib Abdanur, Paulo e Silvana Mouzinho
João Asmar (à esquerda) e Thomas Soibelman, da empresa Made in America
Gladistone Zakharov e esposa, da Arkhip
Hamilton Vogado e Roger Glasser
Eduardo Cunha – Cutelaria Helmo
Fabian Prandini e Emerson Pinheiro
Edição 2025
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A capital do Brasil foi, mais uma vez, o centro das atenções no cenário nacional — desta vez, não apenas no campo político. O 7º Salão Brasiliense de Cutelaria, realizado nos dias 5 e 6 de abril de 2025, no CGT Estância Gaúcha do Planalto, se destacou como um evento que foi muito além da simples exposição de facas.
Sob a coordenação de Silvana Mouzinho e Milton Hoffmann, a feira se consolidou como uma plataforma que celebrou a tradição, os talentos e as conexões dentro do universo da cutelaria artesanal. Brasília, já há algum tempo, vinha se tornando um centro importante na formação de profissionais da área, especialmente após a criação da Escola de Cutelaria da Universidade de Brasília (UnB).
Com uma grande quantidade de cuteleiros qualificados e reconhecidos nacionalmente, a cidade passou a ganhar destaque nesse nicho de mercado que, embora ainda pouco conhecido por grande parte da população, mostrou-se em franca expansão.
Apesar da longa tradição da cutelaria, ainda são poucas as pessoas que realmente conhecem essa arte. Mas, aos poucos, Brasília se firmou como um dos polos mais relevantes do ofício no Brasil. A edição de 2025, além de reunir seus frequentadores fiéis, também atraiu um novo público, oferecendo uma programação variada que incluiu demonstrações ao vivo de forjamento, produtos artesanais exclusivos e uma vasta exposição de lâminas feitas à mão — cada uma com design autoral e materiais de alta qualidade.
Os visitantes tiveram a oportunidade de admirar verdadeiras obras de arte em metal. Mais do que um evento comercial, o verdadeiro legado do 7º Salão foi o fortalecimento das interações entre os artesãos e o público brasiliense. A cutelaria, setor tradicional e promissor, ganhou ainda mais visibilidade no mercado artístico do Planalto Central, conquistando o reconhecimento e a valorização que há muito tempo merece.
O Salão Brasiliense de Cutelaria reafirmou seu papel como uma vitrine indispensável para o ofício, ampliando sua presença e garantindo seu lugar no cenário cultural brasileiro.